Anos 70 Bahia – Episódio 15
Qualquer momento era bom para um mergulho. Debaixo das calças, os
rapazes usavam uma cueca mínima: tirou a calça, era só mergulhar, ninguém
ligava. As meninas com lenços fazendo as vezes do sutiã e muitas de calcinhas
Zazá, também prontas para mergulhar a qualquer momento. Muito pouca frescura.
Em cima de quase todos os biquines, um franjinha natural.
LUCY DIAS – As muitas garotas de batom vermelho com suvacos e pernas
cabeludas e pentelhos, muitos pentelhos, escapando dos biquines compostos de
calcinhas Zazá e sutiãs de lenços indianos... (Anos 70: Enquanto corria a
barca – pg. 92).
DÓRIS ABREU – Calcinhas Zazá eram uma maravilha como biquine. Usei anos
e anos.
DULCE MARIA FERRERO – Como eram as calcinhas Zazá? Não me lembro.
EVA FIDELIS – O resto eu usei, mas a calcinha Zazá... não sei do que se
trata!
DÓRIS ABREU – A calcinha Zazá era comprada numa única loja de lingerie,
muito antiga (esqueci o nome), que havia na Visconde de Pirajá, Ipanema, RJ. As
de cores escuras (verde, preta, marrom, vinho) eram para a praia e as claras
eram para usar como calcinha mesmo. Eram de jersey liso e na lateral tinha um
elástico da mesma cor de um dedo e meio de largura.
MARCO ANTONIO QUEIROZ – Maria Esther, mulher de Zé Agrippino, ia para a
Praia dos Artistas com um biquine de tecido. A calcinha não tinha elástico e
ela adorava deitar na areia com as pernas abertas. Bronzeava até o colo do
útero.
LAODICEA ALBUQUERQUE – Pois é, bons e inesquecíveis anos 70...
rsrsrsrsrs.
![]() |
Foto Lita Cerqueira - 1978 |
ANTONIO JORGE MOURA – Liberdade de ser!
EVA FIDELIS – Agora entendi por que muitas pessoas tinham um biquine
desse modelo de elástico!
FERNANDO NOY – E eu inventei o colaless!!! Verdade? Jahhhh! Bssssssss!!!
SÉRGIO SIQUEIRA – O colaless: sucesso estrondoso, perdendo só para a
fantasia da Castro Alves, no dia em que você, Noy, foi carregado nos braços da
polícia e só foi solto ao vestir uma saia dada por alguém do cortejo que lhe
acompanhou até a delegacia...
SUELI ROCHA LIMA CANATO – Quantas belas lembranças.
JOÃO OSMÁRIO – Eu usava Zazá que comprava numa lojinha em Ipanema. Saía
do Jardim Brasil com minha Zazá de anarruga azul diretamente para o Porto da
Barra... foi assim que conheci a mãe de meus seis filhos... sem frescura...
livres e sem maiores medos. Casei em 76... a anarruga funcionou...oh, Deus!
Marco Antonio Queiroz – Já comprei
biquine na Koisa Paca, para usar a calcinha como sunga.
![]() |
Marco Queiroz e Marize, em Porto Seguro (foto Aristides Alves) |
Marilia Mattos
Cunha –
Hahahaha, a calcinha Zazá era da Futurista! Na esquina da Farme com Visconde de
Pirajá! Ainda tá lá!!
Zelito Miranda – Anunciação,
batera/percussa, tomava banho de calcinha e sabonete na praia dos artistas.
Lembro bem!! Eu morava no alto São Francisco... rsrs.
Hugo Maia – Lembro também
das sungas de crochê. Era pentelho para todos os lados.
Cristina Sá – Boa lembrança,
Marquinho, a Koisa Paca, que ficava no Porto da Barra, acho que foi a primeira
butique de Salvador, a primeira charmosa e interessante, eu adorava!!!
Dóris Abreu – Também havia a
Vaca Amarela, que tinha coisas lindas.
Lembrando que a Koisa Paca era de Zorba, uma figura marcante do comércio alternativo e da noite baiana, dos anos 70. Abraço.
ResponderExcluirA Vaca Amarela, do Toninho e a irmã era fantástica. Um mergulho hindu, em plena Galeria da Barra. O melhor Patchuli da cidade, batas indianas lindas (é, já usei batinhas) e depois um filé no Tiffanys e um Dust Miller no VanGogh
ResponderExcluir