quinta-feira, 9 de junho de 2016

CALCINHAS ZAZÁ

Praia dos Artistas (foto Aristides Batista)

Anos 70 Bahia – Episódio 15

Qualquer momento era bom para um mergulho. Debaixo das calças, os rapazes usavam uma cueca mínima: tirou a calça, era só mergulhar, ninguém ligava. As meninas com lenços fazendo as vezes do sutiã e muitas de calcinhas Zazá, também prontas para mergulhar a qualquer momento. Muito pouca frescura. Em cima de quase todos os biquines, um franjinha natural.

LUCY DIAS – As muitas garotas de batom vermelho com suvacos e pernas cabeludas e pentelhos, muitos pentelhos, escapando dos biquines compostos de calcinhas Zazá e sutiãs de lenços indianos... (Anos 70: Enquanto corria a barca  pg. 92).

DÓRIS ABREU – Calcinhas Zazá eram uma maravilha como biquine. Usei anos e anos.

DULCE MARIA FERRERO – Como eram as calcinhas Zazá? Não me lembro.

EVA FIDELIS – O resto eu usei, mas a calcinha Zazá... não sei do que se trata!

DÓRIS ABREU – A calcinha Zazá era comprada numa única loja de lingerie, muito antiga (esqueci o nome), que havia na Visconde de Pirajá, Ipanema, RJ. As de cores escuras (verde, preta, marrom, vinho) eram para a praia e as claras eram para usar como calcinha mesmo. Eram de jersey liso e na lateral tinha um elástico da mesma cor de um dedo e meio de largura.

MARCO ANTONIO QUEIROZ – Maria Esther, mulher de Zé Agrippino, ia para a Praia dos Artistas com um biquine de tecido. A calcinha não tinha elástico e ela adorava deitar na areia com as pernas abertas. Bronzeava até o colo do útero.

LAODICEA ALBUQUERQUE – Pois é, bons e inesquecíveis anos 70... rsrsrsrsrs.


Foto Lita Cerqueira - 1978

ANTONIO JORGE MOURA – Liberdade de ser!

EVA FIDELIS – Agora entendi por que muitas pessoas tinham um biquine desse modelo de elástico!

FERNANDO NOY – E eu inventei o colaless!!! Verdade? Jahhhh! Bssssssss!!!

SÉRGIO SIQUEIRA – O colaless: sucesso estrondoso, perdendo só para a fantasia da Castro Alves, no dia em que você, Noy, foi carregado nos braços da polícia e só foi solto ao vestir uma saia dada por alguém do cortejo que lhe acompanhou até a delegacia...

SUELI ROCHA LIMA CANATO – Quantas belas lembranças.

JOÃO OSMÁRIO – Eu usava Zazá que comprava numa lojinha em Ipanema. Saía do Jardim Brasil com minha Zazá de anarruga azul diretamente para o Porto da Barra... foi assim que conheci a mãe de meus seis filhos... sem frescura... livres e sem maiores medos. Casei em 76... a anarruga funcionou...oh, Deus!

Marco Antonio Queiroz – Já comprei biquine na Koisa Paca, para usar a calcinha como sunga.
Marco Queiroz e Marize, em Porto Seguro (foto Aristides Alves)

Marilia Mattos Cunha – Hahahaha, a calcinha Zazá era da Futurista! Na esquina da Farme com Visconde de Pirajá! Ainda tá lá!!

Zelito Miranda – Anunciação, batera/percussa, tomava banho de calcinha e sabonete na praia dos artistas. Lembro bem!! Eu morava no alto São Francisco... rsrs.

Hugo Maia – Lembro também das sungas de crochê. Era pentelho para todos os lados.

Cristina Sá – Boa lembrança, Marquinho, a Koisa Paca, que ficava no Porto da Barra, acho que foi a primeira butique de Salvador, a primeira charmosa e interessante, eu adorava!!!

Dóris Abreu – Também havia a Vaca Amarela, que tinha coisas lindas.


2 comentários:

  1. Lembrando que a Koisa Paca era de Zorba, uma figura marcante do comércio alternativo e da noite baiana, dos anos 70. Abraço.

    ResponderExcluir
  2. A Vaca Amarela, do Toninho e a irmã era fantástica. Um mergulho hindu, em plena Galeria da Barra. O melhor Patchuli da cidade, batas indianas lindas (é, já usei batinhas) e depois um filé no Tiffanys e um Dust Miller no VanGogh

    ResponderExcluir