sábado, 11 de junho de 2016

DISCOS VOADORES: ELES ESTAVAM EM TODA PARTE

Paulo Landulfo

Anos 70 Bahia – Episódio 16


Nos anos 70, os relatos de avistamentos se multiplicavam. Que o digam a escritora Aninha Franco e a atriz Rita Assemany, que viram uma nave em Itacimirim. Arembepe e arredores (Linha Verde) era a região aonde eles apareciam com mais frequência, e também na Chapada Diamantina. Com a fundação do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran em Salvador, por Paulo Antônio Landulfo Fernandes, o assunto ganhou destaque por estas bandas.

Figura de longos cabelos e pele que, de tão alva era quase verde, Paulo morava numa casa simples no Nordeste de Amaralina e parecia, pessoalmente, vindo de outro planeta. Ele mantinha contato com Ashtar Sheran, um extraterrestre comandante de uma frota intergaláctica que contatou muitos mediuns pelo mundo afora e, aqui, entrou em contato com Paulo Fernandes. Segundo Paulo, Ashtar Sheran era louro, com 1,90m de altura e olhar penetrante. Perfil confirmado em reportagens por pessoas que garantiram ter realizado contato. Transmitia uma paz que não podia ser descrita, só sentida.


Paulo relacionava-se com diversos artistas, entre eles Roberto Carlos, e recebia, além de pessoas respeitáveis da área de ufologia, a malucada que adorava o tema e tudo o que levasse a outros mundos e abrisse novas portas de percepção. É claro que, no meio da loucura e misticismo dos anos 70, luzes de aviões eram confundidas com discos voadores e, até, luzes de embarcações que pescavam à noite na Baía de Todos os Santos.

Muitos consideravam Paulo um místico. Na opinião de Alfredo Uchôa, general do Exército, professor engenheiro e um dos pioneiros da ufologia no Brasil, ele era um telepata extraordinário. Sobre os contatos de Paulo, Uchôa afirmou que “...não foram devidamente valorizados, em função dos preconceitos científicos e limitações de crendices religiosas, apesar das condições seguras de comprovada autenticidade em que se realizaram.”

Fotografia de suposto OVNI registrada em 31 de julho de 1952 - Nova Jérsei, Estados Unidos

Falar em Uchôa, entre a multiplicidade de relatos oficiais, oficialescos e delírios da década, vale citar o Relatório de Ocorrências 21/06/1978 sobre o “Incidente no Sítio do Gama” (colhido emhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ufologia):

“No dia 20 de junho de 1978, entre 20h30min e 23h50min, o Destacamento de Proteção ao Voo para detecção Radar e Telecomunicações - DPV-DT, do Sítio do Gama no Distrito Federal, principal infraestrutura do Cindacta, foi invadido por um corpo luminoso observado por oficiais, soldados e civis. O comandante, tenente João Bernardo Vieira, registrou os eventos: cada envolvido, civil ou militar, escreveu um relatório. Os arquivos do incidente estão disponíveis no Arquivo Nacional. O corpo luminoso sobrevoou o prédio do Comando, a portaria principal e adjacências. Tiros de fuzil foram disparados contra os supostos invasores e objeto. Trechos do relato do comandante do DPV-DT61: “De principio a luz se apresentava como um ponto luminoso que se aproximava com velocidade espantosa. A medida que se aproximava, tornava-se cada vez mais difusa, com aparência de uma estrela. Sua coloração, em principio, era normal e variando em seguida para tonalidade vermelha e amarela. Ficamos em silêncio para melhor observação e não conseguimos ouvir barulho nenhum com o deslocamento. O objeto se deslocou em nossa direção até uma certa distância, parecendo permanecer parado por alguns minutos. Logo em seguida tomou a direção do radar LP23, sumindo de relance e ao mesmo tempo aparecendo em cima da estação de micro-ondas, para logo em seguida sumir completamente”. Em 2010, o chefe de núcleo do Cindacta, coronel Sócrates da Costa Monteiro, concedeu entrevista à Revista UFO, dizendo que, ao ser informado por telefone sobre os tiros disparados contra o OVNI, determinou a interrupção. Em suas palavras, "Eles têm uma tecnologia muito mais avançada do que a nossa e não sabemos como reagiriam à nossa ação.”

http://www.semprequestione.com/2015/10/disco-voador-aparece-nos-ceus-de-minas.html#.V1naALsrKUk

JOSÉ JESUS BARRETO – Uma dessas visitas eu vi nos céus de Salvador, com os olhos que essa terra há de comer. Nos anos 70 os ETs andaram muito por aqui.

JOILDO GÓES – Os amigos já falecidos Norival e Mario Lorenzo estavam comigo no momento que presenciamos uma luz que se aproximou do carro. Foi incrível!

PRABHU EDMILSON – Grata memória! Fui amigo de serestas do Paulo Fernandes, o Paulinho. Participei do seu grupo de estudos, chamado Centro Estudos Exobiológico Asthar Sheran, que ficava no fim de linha do Nordeste de Amaralina.

CLAUDIO – Voltando de Busca Vida com Marília, no buggy de Aninha, próximo ao aeroporto, a luz passou forte e sumiu por trás do morro, onde se fez um clarão... paramos o carro, coração aos pulos, para conferir o pouso da nave, escalamos o morro... embaixo havia sido iluminada uma estação da Coelba.

ANINHA FRANCO – Eu, Rita Assemany e Carmen Paternostro vimos claramente em Itacimirim. Tinha o formato de um zepelin, branco, enorme, silencioso e desapareceu com rapidez.

LULA AFONSO – Certa noite nos meados dos 70, à beira de uma fogueira em um acampamento praiano onde hoje se situa o Stella Maris, atordoou-nos uma luz intensa e chispante que irrompeu no céu estrelado, ziguezagueante e lenta demais para ser avião, próxima demais para ser cometa, “caindo” por trás do coqueiral a um ou dois quilômetros de distância, na direção norte. Ensandecidos e excitados, nos pusemos a correr na direção traçada pelo fenômeno. Varamos a praia por mais de meia hora e, nada encontrando, paramos a busca ofegantes e, confesso, aliviados. Observei que o fotógrafo Carlos Gordilho (na época partner de Mariozinho Cravo) levava nas mãos um arpão engatilhado para pronto disparo defensivo ou, sendo o caso, para atacar os aliens.

EVA CRISTINA FREITAS – Nessa época era comum a gente ver coisas estranhas no céu de Salvador. Uma vez, estava com Mônica Millet no restaurante de Vinicius e Gesse, em Itapoan, e no céu vimos uma movimentação de luzes, como estrelas que vinham e iam em todas as direções.

BEG FIGUEIREDO – Confessem! Vocês tomaram o quê?

PETÚNIA MACIEL – E era dos bons

TEREZA OLIVEIRA – Confesso... nunca duvidei dos discos, mas também nunca vi algo nem parecido.

YGOR COELHO – Eu vi no coqueiral de Piatã.

SÉRGIO SIQUEIRA – Um primo meu, Guilardo Farias, viu um desses quando vinha de Arempebe em direção a Salvador. Foi um avistamento impactante, uma luz imensa saiu de trás do morro e veio em direção ao carro, o magnetismo chegou a interromper o motor. Ele ficou impressionado, mas na época não quis dar entrevista, pois podia ser chamado de doido. Baby Consuelo me contou que, quando ficou um tempo embaixo da Terceira Ponte, viu uma nave descer na praia.

LULA AFONSO – O livro ‘Bye Bye Babilônia’ faz sucinta descrição, na pg. 28, de “grandes engenhos cósmicos urdidos em intangível tecnologia, laborados com metais superleves, nanofibras e aparatos exóticos tricotados diretamente da fonte da matéria...” Mais adiante, na pg. 127, transcreve um trecho do místico Trigueirinho: “Cada nave possui em seu interior meios suficientes para registrar o que o indivíduo terrestre pensa, sente, faz ou tem intenção de ser. As informações para esses registros são captadas energeticamente e não pelos processos de observação usados na Terra. Tudo o que somos é, assim, conhecido pelos nossos irmãos do Cosmos, e na operação de evacuação planetária não há possibilidade de erros...” No mais, “Go looking for flying saucers in the sky...”

Silvio Palmeira – Em 1973, eu e Raul (meu aparceiro do Mar Revolto) fomos pra Ilha, com uma mochila, um violão, dois lençóis, quatro grafites, mais uns baseados, compor o repertório autoral da banda. Em uma semana fizemos doze musicas. Numa dessas noites, pela madrugada, fizemos um avistamento a cruzar o céu da Baía de Todos os Santos – eram mais de dez, garanto que não foi efeito de nada, a pura realidade. No dia seguinte, o comentário era geral entre os nativos, turistas e freaks da Ilha. E isso resultou uma canção: "Dedos verdes", onde eu clamava a aparição de Asthar Sheran.

Anos Setenta Bahia – Muitas histórias. Antigamente tinha gente que ficava com vergonha de contar para não ser chamada de doida, ou então alguém perguntar: “tomou o quê?” Rsssss...

Era Lacerda Encarnação – Quem não avistou um disco voador nos anos 70, não dormiu num sleeping bag... nem sequer sonhou!

Jerônimo Aparecido – Quando usei um LSD, cedido por Dedeco Gantois, tive o mesmo "avistamento impactante" (seja lá o que isto signifique) que o primo de Sérgio Siqueira teve... era um "engenho cósmico urdido em intangível tecnologia" conforme define Lula Afonso.

Leila Ambros Costa – É uma delícia ler essas histórias... fico imaginando o quanto os meus pais protagonizaram cada uma delas, já que eu nem existia!

8 comentários:

  1. Nos anos 80 eu costumava passar os verões em Itapema, vila de pescadores próxima a Cabuçu, município de Santo Amaro. Os avistamentos de UFOs aconteciam quase todas as noites, normalmente sobre Madre de Deus. Eram pontos luminosos de cores e tamanhos diferentes que apareciam do nada e às vezes se moviam de maneira bem rápida.

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  2. Talvez seja uma surpresa para muitos o que vou escrever e, quase com certeza, a maioria não vai acreditar. Eu e Paulo fomos juntos a praia onde ficava o Stela Maris para tentar um contato com discos voadores no ano de 1970. É uma longa história, mas fomos surpreendidos por uma gigantesca nave que foi se aproximando aos poucos até mostrar seu tamanho descomunal. Falei para o Paulo: Cara estou com medo e ele prontamente disse que estava também. Saímos rápido do local e eu, que estava com viagem marcada para o Rio de Janeiro no dia seguinte, fui, mudei para um novo emprego e nunca mais voltei a Salvador e, óbviamente, nunca mais vi Paulo. Nos conhecemos em um programa da TV Aratu que eu produzia e apresentava junto com o falecido Paulo Silvino. Fiquei surpreso em ler essa matéria pois perdi completamente o contato com esse rapaz mas, posso confirmar toda a história e até mesmo contar a parte que ele não contou dela.

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    1. Olá Leo também vi uma nave muito grande na decada de 70 na praia do sem nome em Itacemirim
      Ela era silenciosa, desaparecia no horizonte numa velocoidade descomunal e reaparecia
      Estava acompanhada de um amogo, tentamos fugir do local, mas nossas pernas pareciam estar coladas ao chão

      Jamais esquecerei desta visão, depois vi outras naves, mas nunca como esta!

      Linda

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    1. Pode ser mas, pelo menos não se esqueceram do próprio nome como vc,Sr. Unknown

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  4. Só mesmo quem passou por essa experiência sabe do que estamos falando. Um abraço e obrigado por partilhar o que a maioria pensa ser mentira ou imaginação. Leo

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  5. Estou em Trancoso e na madrugada do dua 20 de julho de 2019 eu estava ptocurando ver a lua aqui na frente do vale do rio trancoso vi entre 23.30 / 00.00 um objeto redondo e com luzes girando atraves das nuvens fiquei impressionada pois não acreditava firmemente nisso. Agora não duvido de mais nada.

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